HCM: Estomatologia volta a funcionar
O SERVIÇO de Estomatologia, interrompido há cerca de um ano para dar lugar a obras de reabilitação, volta a funcionar brevemente, tal como revelou a chefe do Serviço de Saúde Oral no Ministério da Saúde, Marta Domingos.
Falando à nossa Reportagem a-propósito da realização em Maputo da Reunião Nacional de Saúde Oral, a nossa fonte disse que neste momento está-se na fase da finalização da montagem do novo equipamento.
“A reabilitação da estrutura já terminou, todo o equipamento já chegou, o desembaraçamento aduaneiro foi feito e está-se na fase de finalização da montagem. Em princípio este ano e caso contrário no início do próximo ano será retomada a actividade”, disse.
Na abertura da reunião a Vice-Ministra da Saúde, Nazira Abdul, referiu que para um maior impacto das actividades do sector as boas práticas sobre saúde oral devem ser incluídas nos programas de saúde materna, infantil e escolar e desenvolvidas nos centros de Saúde e em todos os estabelecimentos de educação pré-escolar e do ensino básico público e privado.
“A escola tem um papel fundamental na formação dos hábitos alimentares das crianças e dos jovens, pelo que é transmitido dentro da sala de aula, através dos conteúdos curriculares, também através da influência dos pares e professores”, frisou.
Entretanto, em Moçambique, à semelhança de outros países do mundo, as doenças orais constituem um dos principais problemas de saúde da população em geral. Mas a cárie dentária, que é das mais frequentes, seguida de periodental (destruição da mucosa que suporta o dente) é prevenível.
Dados disponíveis indicam que 90 por cento de pessoas em todo o mundo tem a cárie dental, cujos factores de risco são a má higiene e uma dieta não saudável. O cancro oral é o oitavo cancro mais comum.
A reunião de Maputo tem como principal objectivo avaliar a qualidade dos serviços prestados na área de estomatologia em todas as unidades sanitárias do país, desenhar e aprovar o plano de acção para os próximos tempos.
Quanto aos desafios, Marta Domingos fala da elevação de conhecimentos em saúde oral na população de Moçambique e da cobertura em serviços dos actuais 98 por cento para os 100 até 2014.
A par do tratamento da saúde oral há também riscos recíprocos, dos quais se salienta a transmissão do HIV e da hepatite entre o paciente e o profissional. Dados disponibilizados indicam que o risco médio de contágio do HIV entre profissionais de saúde é de aproximadamente 0,3 por cento após a exposição percutânea e de 0,09 por cento após a exposição mucocutânea para o sangue contaminado.
Paralelamente à reunião sobre saúde oral decorria uma exposição sobre as boas práticas, principais problemas de saúde oral bem como os cuidados mais básicos, tais como escovar os dentes três vezes ao dia, sempre depois das refeições e principalmente antes de dormir, evitar comidas doces entre as refeições, preferência aos alimentos saudáveis, como a fruta, o peixe, a carne, os ovos, os vegetais, entre as várias medidas.
Trabalhadores do MISAU e visitantes, grande parte dos quais estudantes, puderam visitar um posto de testagem e aconselhamento montado no átrio do MISAU, para além de uma exposição.
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Inês Mendes